A Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (ABAF) participa do evento do Diretório Acadêmico de Engenharia Florestal da Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB) em homenagem ao Dia do Engenheiro Florestal, comemorado em 12 de julho. O evento, de forma online, acontece às 19h na plataforma Google Meet e traz como tema principal “Perspectivas e cenário pós-pandemia no mercado de base florestal: quais inovações estão acontecendo e como isso influencia o mercado de trabalho para os recém formados? ”. Os convidados serão a Engenheira Florestal pela UFRB, Roberta Lima; e o diretor executivo da ABAF, Wilson Andrade. Link para participar: https://meet.google.com/ecc-tmff-sww.

De acordo com o coordenador do curso de Engenharia Florestal, Elton Leite, da UFRB, o objetivo é homenagear estes profissionais através da troca de experiências que possam promover a capacitação e atualização dos discentes em temas relacionados à área de produção florestal, meio ambiente e crescimento profissional, por meio de um espaço de integração entre grupos acadêmicos e profissionais. “Agradecemos a ABAF pela confiança em nosso trabalho. Pelo apoio concedido e suporte para a concretização do nosso projeto”, completa.

Segundo o diretor executivo da ABAF, Wilson Andrade, o setor florestal brasileiro tem dado sua parcela de contribuição para o crescimento e desenvolvimento do Brasil, sempre sobre bases que respeitem os preceitos do ESG – sigla em inglês para boas práticas ambientais (E), sociais (S) ou de governança (G). O setor também se caracteriza pela grande diversidade de produtos, compreendendo um conjunto de atividades e segmentos que incluem desde a produção até a transformação da madeira  em celulose, papel, painéis de madeira, pisos laminados, madeira serrada, carvão vegetal e móveis, além dos produtos não madeireiros. O setor também investe fortemente em inovação e tecnologia para desenvolver soluções alternativas ao uso de recursos fósseis e finitos, em prol de uma economia de baixo carbono.

“Nesse sentido, uma profissão tem assumido papel de destaque para que o setor possa continuar crescendo de forma sustentável, que é o engenheiro florestal. O profissional pode atuar em diversas áreas, desde o manejo de florestas plantadas e/ou nativas, tecnologia de produtos florestais, reflorestamento, colheita, recuperação de áreas degradadas, análises de impacto/licenciamento ambiental. O mercado de trabalho também é promissor, com demanda crescente por profissionais qualificados nas diversas áreas, tanto no setor público (órgãos de controle e fiscalização, instituições de pesquisa e ensino) quanto privado (indústrias em geral). Assim, a ABAF se une aos mais diversos esforços, como o da UFRB, para prestar sua homenagem aos engenheiros florestais”, informa.

O diretor da ABAF acrescenta ainda que os trabalhos desenvolvidos por universidades são fundamentais para a atividade florestal. “A parceria entre iniciativa privada e academia já provou que colhe bons resultados, como o aumento da produtividade por hectare, controle eficiente de pragas e uma convivência comprovada entre lavoura, pecuária e floresta. O setor é reconhecido pelo uso de alta tecnologia empregada e aperfeiçoada pelas empresas do setor, com base em experiências internacionais e parcerias com a Embrapa e pesquisadores nacionais”, disse.

Para Andrade, além de tudo isso, a academia tem muito a oferecer para melhorar as vantagens competitivas do setor. “Precisamos trabalhar para que o mercado atenda as demandas locais por madeira. Temos, aqui na Bahia, ótimas iniciativas no setor de celulose e papel, por exemplo, mas o mercado tem que se desenvolver de forma mais ampla. Precisamos produzir madeira para a construção civil e, por outro lado, mostrar para este segmento que madeira plantada é um ótimo material e pode ser até mais competitivo que os demais”, informou.

Ele reforçou que este trabalho já vem sendo desenvolvido pela ABAF através do Programa Ambiente Florestal Sustentável (PAFS), uma parceria com a ADAB. “O programa tem o objetivo de incentivar a inclusão de pequenos e médios produtores no plantio, manejo e processamento da madeira de florestas comerciais para usos múltiplos. O programa trabalha temas relativos à educação ambiental em diversas comunidades rurais: Uso Múltiplo da Floresta Plantada/Programa Mais Árvores Bahia; Regulamentação Ambiental das Propriedades Rurais (Código Florestal/ CAR/ Cefir); Integração Lavoura, Pecuária e Floresta (ILPF)/Plano ABC; Preservação dos Recursos Hídricos; Prevenção e Controle de Incêndios Florestais; Controle de Gado nas Áreas de Preservação; Combate ao Carvão Ilegal; e o Programa Fitossanitário de Pragas”, explica.