O Conselho de Sustentabilidade da FIEB realizou, em 24/05, o Seminário Environmental, Social and Corporate Governance (ESG), ou, em português, ambiental, social e governança. No evento, esses três aspectos foram debatidos por especialistas e representantes das indústrias, que compartilharam experiências e políticas empresariais referentes ao tema. Participaram a Líder Global de Relações Corporativas da Suzano S.A. e presidente do Conselho Diretor da Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (ABAF), Mariana Lisbôa; e o Vice Presidente de Comunicação e Sustentabilidade da Bracell, Márcio Nappo.

Ricardo Voltolini, CEO e fundador da consultoria Ideia Sustentável, abriu o evento falando sobre o papel das lideranças num momento em que “estamos esgarçando os limites do aumento da temperatura global”. Para ele, a sigla ESG puxa um movimento diferente, guiada pelos interesses dos investidores, que não querem mais arriscar recursos em empresas que não têm ações concretas de meio ambiente, diversidade e retorno à sociedade.

“Hoje, negócios bons são éticos”, defende Voltolini, que também destaca que as novas lideranças empresariais, muitas delas da geração Milenials, já vem com um “chip” de valorização do meio ambiente, o que resulta em um perfil mais preocupado com reuso de água, gestão de energias, resíduos, uso e cultivo do solo e gestão de recursos da biodiversidade. “ESG é o novo filtro de ativos empresariais e, por que não, de sucesso empresarial. A questão é: queremos estar dentro ou fora?”, provocou o consultor.

O consultor e especialista em sustentabilidade, responsabilidade social e consumo sustentável, Aron Belinky, pontuou que, para a enorme capacidade de mobilização de recursos da perspectiva ESG cumpra de fato sua promessa, é necessário alinhá-la com o conceito mais amplo de sustentabilidade. Assim como é preciso desenvolver “métricas e formas de aferição desses atributos, com a subsequente produção de uma ferramenta prática que permita a gestores e investidores saberem não só se seu ESG é sustentável, mas também em que medida isso acontece”.

A nova presidente do Conselho de Sustentabilidade da FIEB, Aline Cezne, destacou que o tema é uma preocupação real por metas de futuro e que as ações nas empresas estão envolvendo os altos escalões das companhias. “A simples fachada de ESG não cabe mais no cenário empresarial. Não tem como maquiar, o mercado cobra efetividade”, frisou.

O evento, transmitido via Teams, contou também com as participações do vice-presidente do Conselho de Sustentabilidade da FIEB, Jorge Cajazeira, da diretora de Relações com Investidores da Braskem, Rosana Avolio, do presidente da ABNT, Mário William, e do vice-presidente de Operações Brasil & Argentina da Yamana Gold, Sandro Magalhães.

 

(fonte: Fieb)