A combinação do equilíbrio entre oferta e demanda com o elevado preço da celulose e a desvalorização cambial devem continuar favorecendo as companhias do setor de papel e celulose pelos próximos meses, em especial a Fibria e a Suzano, segundo avalia a BB Investimentos.

“De modo geral, o que temos observado é um mercado aquecido, com um nível de estoque equilibrado – mesmo levando-se em consideração o ramp up da planta de Montes del Plata, no Uruguai – e suportado por aumentos nos embarques, especialmente direcionados para a Ásia”, diz trecho do relatório da corretora.

Segundo a avaliação, em dezembro, as empresas do setor se descolaram “positivamente” do Ibovespa, o que permitiu uma valorização dos papéis. Na visão da corretora, entre os fatores que permitiram esse desempenho está o nível equilibrado de estoque de celulose entre setembro e novembro, a falta de novas capacidades entrando em operação no prazo mais curto, o preço da celulose em alta e a desvalorização cambial.

Ao mesmo tempo, o mercado de papel continua “um pouco mais fraco” dada a desaceleração do mercado doméstico, principalmente no segmento de embalagens e papel cartão.

“Segundo o Ibá [Indústria Brasileira de Árvores ], as vendas [de embalagens e papel cartão] recuam 1,1% e 3,1% até novembro, respectivamente, no acumulado do ano sobre 2013, devido à estratégia dos compradores de manter os estoques baixos”, diz o relatório.

(Fonte: Agência CMA)