Infraestrutura, ambiente de negócios, opções de financiamento, redução da carga tributária e inovação foram alguns dos aspectos abordados no Encontro com Candidatos ao Governo do Estado, realizado pela Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (FAEB) e Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia (Fecomércio-BA), na manhã desta terça-feira (07.08), no Hotel Mercure, em Salvador.

Dirigido a convidados, o encontro com Rui Costa (PT) e José Ronaldo (DEM) foi avaliado pelos setores produtivos baianos como uma oportunidade de conhecer os planos dos pré-candidatos para desenvolver a economia do Estado. E, também, de apresentar a eles as demandas e prioridades dos setores produtivos da Bahia. “Foi um momento importante para a indústria, assim como para os demais setores econômicos, pois nos permitiu uma visão do que cada candidato pensa em propor para a Bahia”, avaliou o presidente da FIEB, Ricardo Alban.

Um dos empresários escolhidos para fazer uma pergunta a um dos candidatos, o diretor executivo da Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (ABAF), Wilson Andrade, dirigiu a questão ao candidato José Ronaldo. A pergunta foi: “A burocracia e a insegurança jurídica são os entraves para o ambiente de negócios na Bahia mais citados pelos empresários. De acordo com o ranking de competitividade por Estados, divulgado na Agenda da Indústria elaborada pela Fieb e distribuída aos candidatos, a Bahia ocupa o 16º lugar em Eficiência da Máquina Pública, ficando atrás de Estados do Nordeste como Ceará e Pernambuco. A competitividade da indústria baiana é pesadamente afetada por dificuldades na abertura e instalação de empresas, obtenção de licenças e autorizações relativas ao entendimento e recolhimento tributários, meio ambiente, relações de trabalho,  comércio exterior, além do retardamento de reintegrações de posse já julgadas. Além disso, surgem sempre novos tributos, como a taxa sobre os distritos industriais e mesmo a redução dos incentivos fiscais em 10% com o recolhimento para o Fundo de Combate à Pobreza. Com certeza, poderemos atrair mais investimentos e aumentar os existentes se melhorarmos isso. Como o candidato pretende tratar tais assuntos?”.

Na ocasião, a FIEB, FAEB e Fecomércio-BA entregaram a ambos, respectivamente, a Agenda da Indústria, Agenda da Agricultura/Pecuária e a Agenda do Comércio de Bens, Serviços e Turismo. Os documentos sintetizam a visão dos três setores produtivos quanto aos caminhos que levam ao desenvolvimento baiano, com sugestões que visam contribuir para a construção de uma economia mais competitiva e socialmente justa.

Ao final da participação, cada candidato assinou um termo de compromisso com as federações promotoras para criar, caso eleito, grupos de trabalho destinado a definir uma agenda conjunta voltada à melhoria da competitividade dos setores produtivos.

 

“A assinatura do termo de compromisso foi um importante resultado do evento. Os dois candidatos se comprometeram, publicamente, a pensar uma agenda comum e a Bahia tem muito a ganhar com isso”, destacou Ricardo Alban. Ele lembrou aos dois candidatos que a FIEB coloca sua estrutura, especialmente o SENAI Cimatec, para colaborar com o setor público com ações que visem fortalecer a inovação, sustentabilidade e competitividade da economia baiana.

O presidente da FAEB, Humberto Miranda, afirmou que o objetivo da FAEB é “colaborar para uma gestão que ofereça condições de trabalho, através de políticas públicas bem estruturadas, ao protagonista desse setor, o produtor rural, para que ele tenha segurança para investir, empreender, continuar gerando emprego e renda no campo, para que assim, consequentemente, siga fomentando o desenvolvimento econômico e social da Bahia.”

O presidente da Fecomércio-BA, Carlos de Souza Andrade, ressaltou que, nesse momento, é importante pensar na possibilidade de desenvolver parcerias junto aos três setores, através de um comitê de gestão e fomento entre o comércio, indústria e agricultura. Assim, podemos promover o comércio na Bahia”, ressaltou.

O encontro foi dividido em dois painéis, com cada candidato falando, separadamente, por 40 minutos para apresentar seus principais projetos para a indústria, agropecuária e comércio. Em seguida, cada postulante ao cargo de governador da Bahia respondeu a três perguntas formuladas pelas Federações e uma, com tema transversal, escolhida pela plateia, em votação eletrônica.