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Hoje (12/07) se comemora o dia de São João Gualberto, patrono dos Engenheiros Florestais, nascido no ano de 995 em Florença.  Foi educado num dos castelos dos pais, nobres e cristãos.  A mãe cuidou do ensino no seguimento de Cristo.  O pai fez dos filhos perfeitos cavaleiros, hábeis nas palavras e nas armas, para administrar e defender o patrimônio e a honra da família.  Mas a harmonia acabou quando o primogênito da família foi assassinado.  Buscando vingar o irmão, João Gualberto vivia a procura do homicida.

Na Sexta-feira Santa de 1028, ele o encontrou vagando solitário, numa das estradas desertas da cidade.  João Gualberto empunhou imediatamente sua espada, mas o adversário, desarmado, abriu os braços e caiu de joelhos implorando perdão e clemência em nome de Jesus. Tocado pelo clamor do assassino, jogou a espada, desceu do cavalo e abraçou fraternalmente o inimigo.  No mesmo instante foi à igreja de São Miniato onde, aos pés do altar, ajoelhou-se diante do crucifixo de Jesus.

Diz a tradição que a cruz do Cristo se inclinou sobre ele, em sinal de aprovação pelo seu ato.  João Gualberto tornou-se um humilde monge, exemplar na disciplina, no estudo, na oração, na penitência e na caridade.  Em 1035 João Gualberto e um confrade saíram da ordem, devido à morte do abade e à compra da nomeação de um novo substituto.  Saíram em marcha percorrendo diversas regiões.  Já exaustos de tanto caminharem encontravam-se numa região montanhosa.  Para se protegerem de uma tempestade que se aproximava, resolveram se abrigar debaixo de uma árvore que os protegeu durante toda noite de tempestade.  Ao amanhecer o dia, encontravam-se secos e aquecidos; perceberam então que o Senhor os queria naquele local.  Aí se instalaram e fundaram uma nova ordem nos vales de Vallombrosa, criando um centro de estudos e aprendizagem em agricultura e silvicultura que atraia jovens de toda a redondeza.

Historiadores mostram que foi São João Gualberto que iniciou o cultivo racional dos bosques de Vallombrosa e apontam os valombrosanos como precursores da lei agrária; pois eles iniciaram a divisão da propriedade, criaram a burguesia rural, e deram poderoso impulso ao melhoramento das condições sociais do povo.  E foi este Santo que deixou aquela que se pode considerar como primeira ciência, mesmo que empírica, sobre o aproveitamento racional da floresta, sua proteção e preservação.  Seu lema era: “Conservar e Saber Usar”.

Os engenheiros florestais – também designados por engenheiros silvicultores – estudam, concebem, preparam e orientam a execução de trabalhos que visam à utilização múltipla e sustentada dos recursos florestais e a proteção das florestas, contribuindo para o desenvolvimento econômico do mundo rural.  Nessas atividades têm em conta as potencialidades produtivas da floresta, a especificidade da sua indústria, bem como a gestão dos recursos faunísticos, as influências da floresta no ambiente, o desenvolvimento rural e o ordenamento e planejamento do território.

(Texto adaptado de matéria divulgada na Internet do Prof. André Ferreira dos Santos, do Curso de Engenharia Florestal, Campus de Gurupi, Universidade Federal de Tocantins, complementada com informações de outras fontes).