ABAF lança proposta para o Plano Bahia Florestal 2033

A Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (ABAF) lançou em 23 de agosto de 2022 a proposta do Plano Bahia Florestal 2033, nos moldes de outros estudos que alguns estados brasileiros já fizeram, a exemplo do Mato Grosso do Sul (MS) que, em 10 anos, passou de 300 mil hectares de florestas plantadas para 1,3 milhão e acaba de lançar novo planejamento para os próximos 10 anos.

Em linhas gerais, os objetivos do plano são:

  • Adensamento e verticalização da cadeia produtiva de madeira na Bahia;
  • Atração de novos investimentos (em ampliação ou novas fábricas) para ampliar e fortalecer a cadeia produtiva de florestas plantadas no estado;
  • Dobrar a área plantada (passar dos atuais 700 mil para 1,4 milhão de hectares);
  • Intensificação do uso múltiplo da madeira;
  • Maior inclusão dos pequenos e médios produtores e processadores de madeira;
  • Pleno atendimento da demanda de madeira dos mais importantes segmentos da economia do estado (incluindo o mineral, papel e celulose, construção civil, projetos de energia (biomassa) e pellets, processamento de grãos e fibras etc.);
  • Contribuir para a maior descentralização da economia do estado (gerar mais empregos no interior);
  • Incentivo de investimentos agroindustriais que podem se beneficiar das novas infraestruturas implantadas em torno da Ferrovia de Integração Oeste – Leste (Fiol), da Centro-Atlântica (FCA) – esta que vai cortar a Bahia de Norte a Sul – e do novo Porto Sul.

A ABAF pretende construir um grupo forte e diverso para trabalhar a proposta de forma conjunta com a Federação da Agricultura da Bahia (FAEB), Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), Sebrae Nacional e Bahia, Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), Secretaria do Planejamento do Estado da Bahia (Seplan), Secretaria de Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri), Secretaria do Meio Ambiente (Sema), Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento na Bahia (MAPA/BA), Desenbahia, Banco do Nordeste, academia, entre outros.

O escopo técnico inclui aspectos relacionados aos seguintes temas:

  • Diagnóstico do setor florestal da Bahia (florestas plantadas e nativas);
  • Diagnóstico da cadeia produtiva (plantada e nativa);
  • Diagnóstico de aspectos logísticos, operacionais e tecnológicos;
  • Diagnóstico de aspectos legais e ambientais – incluindo processos de licenciamento;
  • Diagnóstico da situação fiscal e tributária do setor no estado;
  • Diagnóstico para avaliar as possibilidades de adequação e uso de oportunidades das medidas de mitigação das mudanças climáticas, notadamente Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) e mercado de carbono;
  • Estudo e estímulo aos projetos de produção através do manejo sustentável (modelo que permite a exploraçãoracional dos produtos madeireiros e não madeireiros com técnicas de mínimo impacto ambientalsobre os elementos da natureza Uma floresta manejada continuará oferecendo suas riquezas para as gerações futuras, pois a madeira e seus outros produtos são recursos renováveis);
  • Avaliação ambiental estratégica do setor baiano de base florestal;
  • Avaliação sobre as pautas de ESG dentro das empresas associadas e as oportunidades ao setor;
  • Posicionamento do setor de base florestal da Bahia em relação a outros estados no Brasil;
  • Avaliação do potencial do setor de base florestal – Cadeias Atuais e Novas Cadeias / Riscos e Oportunidades;
  • Overview sobre mudanças climáticas – Riscos e Oportunidades às cadeias de negócios do setor;
  • Pesquisa e desenvolvimento para o setor de base florestal / Status e Oportunidades;
  • Planejamento estratégico de implantação do Plano Estadual – Curto, Médio e Longo Prazo;
  • Processos de controle da implantação, revisão e atualização do Plano Estadual;
  • Alternativas de financiamento nacional e internacional para o setor;
  • Proposição de metodologia, planejamento e material de divulgação a investidores potenciais;
  • Elaboração final de relatório consolidado do Plano Estadual e apresentação resumida dos resultados.

Etapas para o plano de trabalho:

  1. Organização e mobilização da equipe.
  2. Diagnóstico do Setor Florestal.

– Caracterização do Setor Florestal.

– Diagnóstico da Cadeia Produtiva.

– Diagnóstico Logístico, Operacional & Tecnológico.

– Diagnóstico Legais & Ambientais / Licenciamento.

– Diagnóstico da Situação Tributária & Fiscal.

– Avaliação Pautas ESG entre Associados.

– Potencial do Setor – Cadeias Produtivas Atuais e Novas Cadeias.

– Mudanças Climáticas – Riscos & Oportunidades para as Cadeias.

– Pesquisa & Desenvolvimento no Setor – Status & Oportunidades.

– Diagnóstico do setor florestal.

  1. Planejamento Estratégico.

– Planejamento Estratégico de Implantação – Curto, Médio e Longo Prazo.

– Processos de controle da implantação, revisão e atualização do Plano.

– Alternativas de Financiamento Nacional e Internacional para o Setor.

– Metodologia, Planejamento e Material para divulgação para Investidores.

– Relatório Consolidado do Plano e Apresentação Resumida dos Resultados.

– Avaliação Ambiental Estratégica (AEA).

– Planejamento Estratégico do Setor Florestal no estado da Bahia.

– Apresentação executiva.

 

PLANO DE FLORESTAS PLANTADAS DO MATO GROSSO DO SUL (MS):

plano-florestas-plantadas-MS

PROPOSTA TÉCNICA DA STCP PARA O PLANO BAHIA FLORESTAL 2033:

Proposta Técnica STCP_ Bahia

 

VEJA COMO FOI O LANÇAMENTO DA PROPOSTA NA BAHIA

Agradecemos o apoio e participação no nosso evento de posse do Conselho Diretor da Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (ABAF), realizado em 23 de agosto de 2022 na Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), em Salvador (BA). Na ocasião também anunciamos a proposta de criação do Plano Bahia Florestal 2033 e os apoios expressados que muito nos ajudarão na construção do nosso planejamento.

Também agradecemos o apoio e comparecimento dos colegas do Mato Grosso do Sul (MS): Dito Mário (Reflore) e Cel. José Aparecido de Moraes (Secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia de Três Lagoas/MS), além da contribuição de Jaime Verruck, Secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro/MS) que nos forneceram informações sobre o plano desenvolvido naquele estado.

Celebramos ainda as presenças de Paulo Hartung (presidente da Indústria Brasileira de Árvores – Ibá), Secretário Leonardo Bandeira (Seagri), Humberto Miranda (presidente da FAEB), Ricardo Alban (presidente da FIEB), Joésio Siqueira (STCP), Erich Gomes Schaitza (chefe geral da Embrapa Florestas); deputado estadual Eduardo Salles; Vitor Lopes (Sebrae), Antônio Valença (Seplan), Tiago Porto (Sema), Maurício Tavares (Ibama), Geraldo Luz (Seinfra), Luiz de Lima Barbosa (SDR), Luiz Rogério Nascimento (MAPA/BA), Diego Rocha (Banco do Nordeste), Paulo de Almeida (SDE), Jorge Castellucci (UPB), Gustavo Grillo (Desenbahia), entre outras autoridades e representantes das empresas associadas, parceiros, produtores, prefeituras e empresários.

O objetivo do Plano Bahia Florestal 2023-2033 é a atração de novos investimentos para ampliar e fortalecer a cadeia produtiva de florestas plantadas no estado; intensificando ainda o que já temos feito para o uso múltiplo da madeira e a maior inclusão dos pequenos e médios produtores e processadores de madeira na Bahia.

Essa discussão é oportuna no momento em que cresce a demanda por madeira no Brasil e no mundo, possibilitando maior desenvolvimento do setor florestal baiano. Com o plano, poderemos atender a crescente demanda por produtos de madeira, gerando ainda, no interior, mais empregos qualificados, capacitações, tecnologia, renda, impostos e contribuições ambientais de elevada significância.

Compartilhamos o registro do nosso evento e documentos sobre o assunto nos links abaixo:

Posse: https://youtu.be/5z3-4ZQGRP0

Plano: https://youtu.be/JHfLoGr41Vc