O Diretório Acadêmico do curso de Engenharia Florestal da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) realiza em 06, 07 e 08 de fevereiro de 2019, a II Semana Acadêmica de Engenharia do Recôncavo Baiano (II SAEFLOR). Tendo como tema “Inovações no Setor Florestal Brasileiro”, o evento acontece no Auditório da Biblioteca do Campus Cruz das Almas da UFRB. O encontro conta com a presença do diretor executivo da Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (ABAF), Wilson Andrade, que faz a palestra “Florestas Plantadas na Bahia – Investimentos Sustentáveis”, em 06/02, às 10h30.
Contando com a presença de profissionais de diversas instituições de ensino superior e dos setores público e privado, o evento busca promover a atualização dos participantes nas áreas de produção florestal e meio ambiente, proporcionando um espaço de troca de experiências capaz de ampliar a visão dos discentes e de quem já se encontra no mercado de trabalho quanto às novidades do setor florestal.
Segundo Andrade, os trabalhos desenvolvidos por universidades são fundamentais para a atividade florestal. “A parceria entre iniciativa privada e academia já provou que colhe bons resultados, como o aumento da produtividade por hectare, controle eficiente de pragas e uma convivência comprovada entre lavoura, pecuária e floresta. O setor é reconhecido pelo uso de alta tecnologia empregada e aperfeiçoada pelas empresas do setor, com base em experiências internacionais e parcerias com a Embrapa e pesquisadores nacionais”.
Para Andrade, além de tudo isso, a academia tem muito a oferecer para melhorar as vantagens competitivas do setor. “Precisamos trabalhar para que o mercado atenda as demandas locais por madeira. Temos, aqui na Bahia, ótimas iniciativas no setor de celulose e papel, por exemplo, mas o mercado tem que se desenvolver de forma mais ampla. Precisamos produzir madeira para a construção civil e, por outro lado, mostrar para este segmento que madeira plantada é um ótimo material e pode ser até mais competitivo que os demais”, informou.
Mais Árvores Bahia – Ele reforçou que este trabalho já tem sendo desenvolvido, através do Programa Mais Árvores Bahia, pela ABAF em parceria com uma série de entidades ligadas à agricultura, indústria e qualificação de mão de obra. “O objetivoé incentivar a inclusão de pequenos e médios produtores no plantio, manejo e processamento da madeira de florestas comerciais para usos múltiplos. O programa trabalha com produtores de madeira; compradores e processadores de madeira; e consumidores finais (através das revendas de madeira, indústrias de móveis e construção civil). Com isso, visa atender também a demanda por móveis, peças e partes de madeira para construção civil na Bahia – hoje atendida, na sua maior parte, por outros estados brasileiros”, explicou.
A ABAF, através deste programa, também coordena o Grupo de Trabalho (GT) Pesquisa em Madeira, juntamente com a UFBA e outras instituições de ensino. A proposta do GT (ainda em construção) é definir e trabalhar algumas ações prioritárias para otimizar a parceria entre a academia e as empresas do setor de base florestal. “Pretendemos que os alunos tenham uma visão mais ampla e positiva do uso da madeira plantada na Construção Civil e na Arquitetura. As empresas e a universidade podem trabalhar juntas em pesquisas que vão atender as demandas dos alunos, mas também do mercado”, informa o professor Sandro César, Coordenador do Laboratório de Madeiras da Escola Politécnica da UFBA. Além do professor, o grupo é formado por outros docentes da UFBA, graduandos, mestrandos e doutorandos da UFBA, professor representante da Católica e Estácio, Sebrae Bahia, Sindifibras, Moveba e empresas do setor de madeira.