Troca de experiências, aproximação com representantes do setor de outros estados e a atração de empresas âncoras do setor de madeira plantada para a Bahia foram os principais objetivos da ida do diretor executivo da Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (ABAF), Wilson Andrade, à Semana Internacional da Madeira que aconteceu de 08 a 11 de março de 2016 em Curitiba (PR). Além disso, Andrade foi convidado para coordenar o painel “Transformação de Energia da Madeira na Indústria”, realizado na manhã de 11 de março.

 

No período aconteceram sete eventos: a Lignum Brasil, 2ª Expo Madeira & Construção, Woodtrade Brazil, Encontro Brasileiro de Energia da Madeira, XV Ebramem (Encontro Brasileiro em Madeiras e em Estruturas de Madeira), 59ª SWST International Convention (Society of Wood Science and Technology) e a Reunião de Associados da Abimci (Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente). A Lignum Brasil e 2ª Expo Madeira & Construção, realizadas nos dias 09, 10 e 11 de março, reuniram 5.169 visitantes, de 22 estados e 11 países. As negociações realizadas nos três dias dos eventos, geraram mais de R$ 53 milhões em vendas e prospecções. “Este valor só confirma a carência, vivida até então, de uma feira forte e o potencial do segmento”, afirmou Jorge R. Malinovski, diretor geral da Lignum Brasil. As feiras contaram com 71 empresas expositoras, que apresentaram máquinas e equipamentos para a transformação, beneficiamento, energia e uso da madeira, assim como as últimas tendências e soluções para a aplicação da madeira na construção civil.

 

“A demanda por produtos de madeira cresce a cada dia nos quatro polos de produção de eucalipto da Bahia – Sul, Oeste, Sudoeste e Litoral Norte – o que se configura uma boa oportunidade de negócio, principalmente se considerarmos que o Estado oferece um pacote de incentivos, além de a Bahia ser campeã mundial em produtividade de eucalipto (42 m³/ha/ano). Estamos buscando atrair empresas do setor madeireiro para atender a demanda local. É importante estarmos em contato com empresas e profissionais do setor nesses eventos que englobam todo o ciclo produtivo e industrial da madeira plantada. Além disso, pretendemos contribuir para que ocorra o mesmo que o Governo do Estado fez no ano passado com o setor de plástico: criar e divulgar uma série de incentivos e oportunidades para que a Bahia possa atrair novas empresas e ajudar a desenvolver as já existentes no setor madeireiro”, completa Andrade.

 

Para isso, o diretor da ABAF representou também o Programa Mais Árvores Bahia que tem por objetivo a inclusão dos pequenos e médios produtores e processadores de madeira para uso múltiplo, visando o atendimento da demanda por móveis, peças e partes de madeira na Bahia – hoje atendida, na sua maior parte, por outros estados brasileiros.

 

O Programa Mais Árvores Bahia é uma iniciativa da (ABAF), em parceria com uma série de entidades ligadas à agricultura, indústria e à qualificação de mão de obra, que busca incentivar o produtor rural a investir no plantio e manejo de florestas para uso múltiplo com tecnologia aplicada. Prevê a implantação de duas vertentes de atuação, um chamado Projeto Indústria e outro Projeto Produção, em quatro polos na Bahia – Litoral Norte, Sul, Sudoeste e Oeste.
O Projeto Indústria tem o objetivo de aumentar a competitividade dos micro e pequenos produtores e processadores de madeira (serrarias e marcenarias), primeiramente no Sul e Extremo Sul da Bahia – onde já existe uma tendência natural para este segmento. Já o Projeto Produção (liderado pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia/Faeb e pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil/CNA) visa informar, orientar e capacitar pequenos e médios produtores para produção de madeira para uso múltiplo, notadamente serrarias e movelarias regionais.

 

Ambos os projetos do Mais Árvores Bahia contam com a coordenação local das entidades regionais que agregam os produtores de eucalipto: Aspex (Associação dos Produtores de Eucalipto do Extremo Sul Bahia), Assosil (Associação dos Silvicultores do Sudoeste da Bahia), Sineflor (Sindicato das Empresas Florestais da Bahia que atua no Litoral Norte), e Aiba (Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia, no Oeste).