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A Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (ABAF) completou, em março de 2024, 20 anos de atuação e, para celebrar as realizações em prol do setor florestal, reuniu parceiros dos setores público e privado, em almoço no Restaurante Amado, em 12/04. Participaram da solenidade o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira; os deputados Elmar Nascimento e Antônio Brito; o vice-governador da Bahia, Geraldo Júnior; os secretários estaduais do Meio Ambiente, Eduardo Sodré; do Desenvolvimento Econômico, Ângelo Almeida; e da Agricultura, Tum; o prefeito de Salvador, Bruno Reis; além do chefe de Gabinete do Governador do Estado, Adolpho Loyola; entre outras representações do poder público, do setor produtivo, das empresas associadas ABAF e da sociedade.

“Sinto me próximo à Bahia e honrado em fazer parte dessa comemoração. Vinte anos é um marco de amadurecimento e a ABAF alcança a maioridade quando o Brasil e o mundo precisam de exemplos de liderança mais sustentável.  Precisamos crescer muito para garantir o bem-estar e qualidade de vida para os brasileiros.  E somente com o compromisso com o meio ambiente é que poderemos garantir isso. O setor florestal é importante porque cada vez mais a madeira utilizada tem origem na silvicultura. Assim, as naturais são poupadas. E mesmo as plantadas oferecem serviços ecossistêmicos importantes”, declarou o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira.

O vice-governador da Bahia destacou a importância do setor para a economia baiana e assumiu o compromisso de elaborar, em parceria com a instituição, o Plano Bahia Florestal 2033, que tem como objetivo assegurar o desenvolvimento sustentável do setor no estado nos próximos 10 anos. “O desenvolvimento econômico tem que estar associado à sustentabilidade e à justiça social. É possível garantir a expansão dessa atividade econômica na Bahia, atraindo novas oportunidades de negócio que vão gerar divisas para o estado e emprego para os baianos e baianas. Para tanto, é imprescindível que esse crescimento seja acompanhado de contrapartidas ambientais e sociais”, disse.

“A Bahia está seguindo os rumos que o governo federal deu com o lançamento do Plano Floresta Mais Sustentável, capitaneado pela ministra de Meio Ambiente, Marina Silva, mostrando que é possível conciliar desenvolvimento econômico com preservação e recuperação ambiental. A SDE vem articulando com representações setoriais e demais secretarias para avançar na elaboração de um diagnóstico e planejamento do setor florestal baiano na próxima década e para que possamos nos preparar para receber os investimentos que virão. Neste sentido é sempre bom ampliarmos os laços com a ABAF para o fortalecimento e desenvolvimento sustentável do setor florestal no estado”, afirmou o secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, Angelo Almeida.

“Esse é um presente para que, dentro da secretaria do meio ambiente, da secretaria de desenvolvimento econômico, da secretaria de agricultura e planejamento possamos, com várias mãos, construir esse plano, para que tenhamos ao final desenvolvimento e preservação ambiental. Estamos juntos à ABAF, com a expectativa de manter com esse plano a prioridade da utilização de áreas degradadas para os plantios; e prosseguir com a ideia de ‘um pra um’, que consiste na preservação de um hectare de floresta para cada hectare plantado, o que é perfeitamente factível, visto as áreas que já temos no estado da Bahia. E pela possibilidade de crescimento do setor não apenas do extremo sul, mas trazendo para o nosso litoral, para as regiões do baixo sul, do litoral sul, regiões que tem um enorme potencial de desenvolvimento da atividade”, completou o secretário do Meio Ambiente, Eduardo Sodré.

ABAF – “A presença dessas autoridades demonstra a importância do setor florestal não só para Bahia, mas para o Brasil e para o mundo. Agora, com o Plano Bahia Florestal 2033, vamos fazer um diagnóstico para poder entender onde, como e quando podemos intensificar nossa atuação e contribuir com a economia do estado. Vamos colocar em prática tudo que é possível. A Bahia tem recursos e oportunidades que precisamos utilizar”, informou Mariana Lisbôa, presidente da ABAF.

Sobre a associação que preside, Lisbôa afirmou que é essencial para o setor florestal baiano, pois representa as empresas e fornecedores do estado em questões de interesse nacional. “Temos a responsabilidade crucial de preservar nosso maior ativo ambiental – nossas florestas plantadas e preservadas – e liderar no manejo sustentável desses recursos. É uma grande honra para mim ocupar a posição de presidente, sendo a primeira mulher a fazê-lo. Liderar uma associação tão respeitada no setor florestal é um privilégio. Neste marco importante, reafirmamos nosso compromisso com a preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável do setor florestal na Bahia”, completou.

O evento terá sua compensação ambiental realizada pela ABAF que vem se tornando referência nesse assunto. A compensação ambiental se dá por meio do cálculo de carbono emitido pelo evento e do plantio de mudas nativas para sequestrar a quantidade correspondente dessas emissões. “Esta é uma estratégia poderosa para preservar o meio ambiente e combater as mudanças climáticas. Ao adotar essa abordagem, empresas, governos e indivíduos demonstram um compromisso real com a sustentabilidade, contribuindo para a construção de um futuro mais equilibrado e saudável”, informa Lisbôa.

Plano para a Bahia crescer – Na ocasião, a ABAF celebrou a construção do Plano Bahia Florestal 2033, com o Governo do Estado, que visa ampliar a área plantada de florestas para fins industriais e, com isso, também estimular os investimentos atuais e atrair novas oportunidades para aumentar o volume de madeira processada no estado. Tudo isso significa, ainda, incrementar as áreas de preservação e outras contribuições ambientais, sociais e econômicas, principalmente no interior do estado, contribuindo com a maior descentralização da economia na Bahia.

De acordo com o diretor executivo da ABAF, Wilson Andrade, o objetivo do plano é ampliar e fortalecer a cadeia produtiva de florestas plantadas para que a Bahia atenda plenamente a demanda de madeira dos mais importantes segmentos da economia do estado (mineração, papel e celulose, construção civil, projetos de energia, processamento de grãos e fibras etc.). “Vamos também intensificar o que já temos feito para o uso múltiplo da madeira e estimular ainda mais a Integração Lavoura, Pecuária e Floresta (ILPF), a diversificação e a sustentabilidade das atividades rurais com a inclusão dos pequenos e médios produtores e processadores de madeira”, completa.

“Essa discussão é oportuna no momento em que cresce a demanda por madeira no Brasil e no mundo. A Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) contabiliza investimentos de R$ 60 bilhões no setor, nos próximos três anos. É preciso que a Bahia esteja preparada para atrair parte desses novos investimentos, seja em ampliações ou novas indústrias. Vale lembrar que o setor de árvores cultivadas produz e conserva, além de gerar riqueza e oportunidades. O desenvolvimento de um plano pode ajudar a tirar travas, incentivar o crescimento econômico, atender a crescente demanda por produtos de madeira, gerando ainda, principalmente no interior, mais empregos qualificados, capacitações, tecnologia, renda, impostos e contribuições ambientais de elevada significância. E, com tudo isso, fazer da Bahia mais uma vez exemplo para todo o país”, explica Mariana Lisbôa.

Para isso, a ABAF está planejando o trabalho em conjunto com um grupo forte e diverso formado por representantes do Governo do Estado (por meio da SDE, Seagri, Sema, Seplan, Seinfra, SDR, Setre, Sefaz, SSP e Casa Civil), da FAEB, FIEB, Sebrae Bahia, MAPA/BA, UPB, Desenbahia, Banco do Nordeste, entre outros.