A Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), por intermédio do Centro Acadêmico de Engenharia Florestal e Pós-graduação em Ciências Florestais, realizou no período de 14 a 16 de março de 2018, em Vitória da Conquista (BA), a V SEEFLOR – Semana de Engenharia Florestal da Bahia e II Mostra de Pós-Graduação em Ciências Florestais da UESB. A Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (ABAF) participou pela segunda vez e, neste ano, o diretor executivo Wilson Andrade fez a palestra “O Mercado Nacional de Produtos Florestais”, às 10h50 do dia 16/03, no Teatro Glauber Rocha, na UESB.

O evento teve como tema central “Valoração das Formações Florestais Brasileiras”. De acordo com Dalton Longue Júnior, Professor Adjunto do Departamento de Ciência Florestal da UESB, a motivação para este evento e tema partiu de uma demanda dos estudantes do curso de Engenharia Florestal para poder atualizar e discutir o papel das florestas brasileiras não apenas em seus aspectos ecológico, social e ambiental, mas também no seu valor econômico. “Também é importante para aproximar os setores públicos e privados, estudantes de graduação e pós-graduação, universidades e empresas, bem como os profissionais do setor que atuam no estado da Bahia, promovendo um momento de ampla discussão técnico-científica sobre as várias perspectivas da valoração das formações florestais no Brasil”, completa.

Segundo Andrade, os trabalhos desenvolvidos por universidades são fundamentais para a atividade florestal. “A parceria entre iniciativa privada e academia já provou que colhe bons resultados, como o aumento da produtividade por hectare, controle eficiente de pragas e uma convivência comprovada entre lavoura, pecuária e floresta. O setor é reconhecido pelo uso de alta tecnologia empregada e aperfeiçoada pelas empresas do setor, com base em experiências internacionais e parcerias com a Embrapa e pesquisadores nacionais”.

 

Para Andrade, além de tudo isso, a academia tem muito a oferecer para melhorar as vantagens competitivas do setor. “Precisamos trabalhar para que o mercado atenda as demandas locais por madeira. Temos, aqui na Bahia, ótimas iniciativas no setor de celulose e papel, por exemplo, mas o mercado tem que se desenvolver de forma mais ampla. Precisamos produzir madeira para a construção civil e, por outro lado, mostrar para este segmento que madeira plantada é um ótimo material e pode ser até mais competitivo que os demais”, informou.

Ele reforçou que este trabalho já tem sendo desenvolvido, através do Programa Mais Árvores Bahia, pela ABAF em parceria com uma série de entidades ligadas à agricultura, indústria e à qualificação de mão de obra. “O programa tem o objetivo de incentivar a inclusão de pequenos e médios produtores no plantio, manejo e processamento da madeira de florestas comerciais para usos múltiplos. O programa trabalha, ao mesmo tempo, com três vértices: produtores de madeira; compradores e processadores de madeira; e consumidores finais (através das revendas de madeira, indústrias de móveis e construção civil). Com isso, visa atender também a demanda por móveis, peças e partes de madeira para construção civil na Bahia – hoje atendida, na sua maior parte, por outros estados brasileiros”, explicou.