O gerente de Desenvolvimento de Negócios da Bahia Mineração (Bamin), Henrique Freitas, visitou a Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (ABAF) em 11 de abril de 2022. O objetivo foi apresentar a Ferrovia de Integração Oeste – Leste (Fiol) e o Porto Sul (Ilhéus), e discutir a possibilidade de cooperação e sinergia de projetos com o setor de florestas plantadas. A Fiol, em suas três etapas, cortará a Bahia de Oeste à Leste, conectando-se à ferrovia Norte/Sul (Goiás) ao novo porto de Ilhéus.

De acordo com o diretor executivo da ABAF, Wilson Andrade, o mercado de produtos madeireiros, a exemplo de papel e celulose, está se expandindo e a tendência é que países mais competitivos, com terras disponíveis, alta produtividade e boas condições edafoclimáticas – como é o caso do Brasil e da Bahia – recebam novos investimentos.

“Esta ferrovia é uma boa notícia para ajudar a resolver um dos principais gargalos para o crescimento e desenvolvimento da Bahia que é o da infraestrutura. É inegável a importância da ferrovia que vai estabelecer alternativas mais econômicas para os fluxos de carga de longa distância; favorecer a multimodalidade; interligar a malha ferroviária brasileira, com sua futura conexão com outras ferrovias – Centro-Atlântica (FCA), Integração do Centro-Oeste (FICO) e a Norte-Sul -, incentivar e viabilizar investimentos que irão incrementar a produção e induzir a processos produtivos modernos ao longo dessa infraestrutura implantada”, explica.

Andrade informa ainda que o setor florestal aposta na ferrovia para contribuir com a maior desconcentração da economia do nosso estado. “Na Bahia, o setor de florestas plantadas tem contribuído – com seus quatro polos de produção – para esta desconcentração, levando ao interior mais empregos qualificados, renda, impostos e contribuições ambientais de elevada significância. Agora é preciso aproveitar esta oportunidade com a Fiol, estimulando e planejando possíveis polos integrados de desenvolvimento agroindustriais, minerais, entre outros, ao longo da ferrovia que viabilizará a utilização de áreas com diferentes climas, altitudes, índices de pluviometria e tipos de solo. São muitos hectares disponíveis, hoje com pouca utilização, a preços competitivos”, completa.

Para o diretor da ABAF, essa ferrovia poderá trazer novos investimentos e receitas não somente para o setor empresarial, mas também tributos para o governo da Bahia e municípios, além de possibilitar a geração de novos empregos diretos e indiretos. “Vale lembrar que a Fiol vai cruzar cerca de 40 municípios, criando um marco e um novo ciclo no desenvolvimento e crescimento econômico da Bahia com o surgimento de novos polos agroindustriais integrados que passarão a contar com a infraestrutura mais eficiente de logística”.