Na busca por uma maior rentabilidade no campo, o produtor rural Frederico Neumayer resolveu diversificar a atividade em sua fazenda no município baiano de Araçás. Por lá, o criador de gado também decidiu apostar nos plantios de eucalipto. E a diversificação no negócio, iniciada em 2010, tem rendido bons frutos. “Não tenho dúvidas de que o cultivo do eucalipto é um bom negócio para os produtores e a região. A gente ganha mais e a economia também prospera com a geração de empregos. Já vi muito produtor melhorar bastante a qualidade de vida com o eucalipto”, diz Frederico.

Assim como Frederico, outros produtores rurais vêm, cada vez mais, investindo nas florestas plantadas na Bahia. É o caso da bancária Kalinka Blauth. Proprietária da Fazenda Coqueiral, no distrito de Mercês, em São Gonçalo dos Campos (BA), ela assumiu a propriedade há 2 anos, após a morte do pai, que se dedicava à pecuária. Desejando manter o patrimônio da família rentável, Kalinka decidiu investir no cultivo de eucalipto em sua propriedade.

“O programa foi a resposta que precisava, uma vez que a criação de gado não fazia mais parte do perfil de nossa família. O eucalipto é rentável e permite manter a fazenda em pé, sem que eu precise alterar minha atividade atual”, afirma ela. “Eu me sinto tranquila, porque a Bracell tem credibilidade e a equipe que atua com a gente é técnica, transparente e nos auxilia em todas as situações inerentes ao plantio, monitoramento e colheita da plantação”, acrescenta Kalinka.

Frederico concorda com ela. “Criar somente gado não compensa mais para gente nesta região, uma vez que o solo não é adequado para a plantação de capim, necessário para alimentar os animais, e os custos são altos. Por conta disso, vi na cultura do eucalipto uma solução para continuar investindo no campo. E isso tem melhorado meus ganhos”, afirma o produtor.

Como Frederico e Kalinka, outros produtores rurais vêm, cada vez mais, investindo nas florestas plantadas na Bahia, apontam dados da Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (Abaf). De acordo com a entidade, em 2020, o número de contratos entre as empresas associadas à Abaf e os produtores locais passou de 419 para 453, o que representa um aumento de 8%. Por consequência, a área plantada com eucalipto também aumentou dos 41,5 mil ha em 2019 para 43,8 mil ha em 2020 (6%).

Parceria florestal

A oportunidade para Frederico e Kalinka diversificarem as atividades em suas fazendas e ampliar as fontes de renda surgiu do Programa de Parceria Florestal (PPF) da Bracell, fabricante de celulose que integra o grupo RGE, que gerencia empresas com operações globais de manufatura baseadas em recursos naturais.

De acordo com Altair Negrello Junior, gerente sênior Florestal da Bracell, o programa agrega os produtores rurais da região às atividades florestais da empresa, oferecendo maiores oportunidades de retorno do investimento. “O valor a ser pago ao produtor parceiro é previsto em contrato e está menos sujeito à instabilidade do mercado no período e a fatores naturais que podem interferir na produtividade, como pragas e doenças, ou falta de chuva, por exemplo”, explica Altair.

Segundo ele, além de melhorar a rentabilidade da propriedade, a parceria com as empresas de celulose viabiliza o acesso à assistência técnica especializada, o que ajuda, inclusive, na manutenção da qualidade ambiental nas propriedades. “Plantar eucalipto é ter em sua terra uma cultura que se desenvolve com sustentabilidade, preservando o solo e ajudando a absorver o CO2 (dióxido de carbono), um dos principais gases que causam o aquecimento global”, afirma o executivo.

Bracell
A empresa é uma das maiores produtoras de celulose solúvel e celulose especial do mundo, com duas principais operações no Brasil, sendo uma em Camaçari, na Bahia, e outra em Lençóis Paulista, em São Paulo. Além de suas operações no Brasil, a Bracell possui um escritório administrativo em Cingapura e escritórios de vendas na Ásia, Europa e Estados Unidos.

Sobre a RGE

A RGE Pte Ltd gerencia um grupo de empresas com operações globais de manufatura baseadas em recursos naturais. As atividades vão desde o desenvolvimento e a colheita de recursos sustentáveis, até a criação de diversos produtos com valor agregado para o mercado global. O compromisso do grupo RGE com o desenvolvimento sustentável é a base de suas operações. Todos os esforços estão voltados para o que é bom para a comunidade, bom para o país, bom para o clima, bom para o cliente e bom para a empresa. A RGE foi fundada em 1973 e seus ativos atualmente ultrapassam US$ 20 bilhões. Com mais de 60.000 funcionários, o grupo tem operações na Indonésia, China, Brasil, Espanha e Canadá, e continua expandido para envolver novos mercados e comunidades. www.rgei.com.