O grupo de parceiros do eixo Indústria do Programa Mais Árvores Bahia esteve reunido na manhã do dia 25 de fevereiro de 2016, na sede da Federação das Indústrias da Bahia (Fieb), para discutir o desenvolvimento do plano de ação que foi elaborado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-BA) em parceria com a Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (ABAF). O objetivo é aumentar a competitividade dos micro e pequenos produtores e processadores de madeira (serrarias e marcenarias), primeiramente no Sul e Extremo Sul da Bahia – onde já existe uma tendência natural para este segmento.

Esta parte industrial do programa é conduzida pela ABAF e Sebrae-BA e tem sido acompanhada pelo MOVEBA e SINDIFIBRAS. “Precisamos também da participação do SINDISCAM, SINDUSCON, SINDPACEL, FIEB, SESI e SENAI, bem como das Secretarias do Governo da Bahia, como a SEAGRI e SDE/SUDIC. Por isso, além de discutir o plano de ação, esta reunião teve o intuito de apresenta-lo para representantes desses órgãos”, explica o diretor executivo da ABAF, Wilson Andrade.

Sami Castro, técnica da carteira Indústria do Sebrae-BA explica que, com este plano, pretende-se aumentar a competitividade das empresas por meio do incentivo à inovação, a profissionalização na gestão, melhoria no processo produtivo e sustentabilidade do negócio. “Através da análise das empresas existentes na região, vamos escolher 20 para receber este plano de ação e, com isso, ajuda-las a crescer com o conhecimento de gestão que o Sebrae dispõe”, completa. Além disso, o eixo pretende trazer empresas de maior porte para que se tornem “âncoras” do setor, ajudando as demais. “Pretendemos, com a ajuda da SDE, fazer o mesmo que o Governo do Estado fez no ano passado com o setor de plástico: criar e divulgar uma série de incentivos e oportunidades para que a Bahia possa atrair novas empresas e ajudar a desenvolver as já existentes”, completa Wilson Andrade.

Juntamente com dois diretores da Secretaria de Desenvolvimento Econômico da Bahia (SDE), Reinaldo Sampaio, Superintendente da SDE, disse que este programa está alinhado com a nova política de desenvolvimento econômico do Governo. “Somos aliados dessa estratégia, mas devemos pensar em como podemos avançar nessa direção”, completou.

Amanda Gomes, assessora técnica da Superintendência de Desenvolvimento Industrial e Comercial do Governo do Estado da Bahia (Sudic), lembrou dos progressos que a Amesul (Associação dos Moveleiros e Artefatos de Madeiras do Extremo Sul da Bahia) já sente desde que o programa foi iniciado: os seis associados que trabalham lá começaram a construir em seus respectivos terrenos localizados no entorno da incubadora.

O sócio da Madeireira Água de Meninos e representante do Sindiscam (Sindicato das Indústrias de Serrarias, Carpintarias, Tanoarias e Marcenarias de Salvador, Simões Filho, Lauro de Freitas, Camaçari, Dias D`Ávila, Santo Antônio de Jesus, Feira de Santana e Valença), Jaime Piñeiro disse que o setor é carente de madeira plantada local (como o eucalipto) para suprir a demanda de peças para a construção civil. “Usamos madeira da Amazônia ou pinus, por exemplo, que vem do Sul do país. É importante que possamos usar a madeira plantada daqui com qualidade para diversos fins e com custo baixo”, disse.

Mauro Stefani, consultor do Setor de Madeira e Mobiliário do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai/Cimatec) lembrou de dois polos de venda de móveis, Vitória da Conquista e Santo Antônio de Jesus, que podem ser grandes aliados nesse processo. “Se tivermos madeira plantada e processada na Bahia com qualidade para a fabricação de móveis, esses lojistas vão deixar de comprar no Sul do país e vão comprar aqui”.

Produção – O Programa Mais Árvores Bahia tem por objetivo a inclusão dos pequenos e médios produtores e processadores de madeira para uso múltiplo, visando o atendimento da demanda por móveis, peças e partes de madeira da Bahia – hoje atendida, na sua maior parte, por outros estados brasileiros. Além do eixo Indústria, o programa conta com o eixo Produção que pretende estimular a produção da madeira apropriada para uso múltiplo, que irá abastecer principalmente as serrarias. Este segundo eixo está sendo conduzido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (FAEB) e Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural).

Estiveram presentes: Reinaldo Sampaio, Superintendente da Secretaria de Desenvolvimento Econômico da Bahia (SDE); Ricardo Vieira, Diretor da SDE; Andréa Lanza, Diretora da SDE; Jaime Piñeiro, sócio da Madeireira Água de Meninos e representante do Sindiscam; Sami Castro, técnica da carteira Indústria do Sebrae-BA; Mauro Stefani, consultor do Setor de Madeira e Mobiliário do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai/Cimatec); Edisiene Correia, Gerente de Desenvolvimento de Novos Negócios Senai/Cimatec; Cristina Pacheco, representante do Serviço Social da Indústria, Departamento Regional (Sesi); Maria Fernanda Faiçal, engenheira do Sesi; Manuela Martinez, Gerente de Relações Sindicais da Federação das Indústrias da Bahia (Fieb); Izabella Miranda, Relações Institucionais Sindpacel; Fábio Teixeira, consultor Sindifibras; Ana Paula Alcantara, assessora da Presidência da Superintendência de Desenvolvimento Industrial e Comercial do Governo do Estado da Bahia (Sudic); Amanda Gomes, assessora técnica da Sudic; Luiz del Corral, engenheiro agrônomo Sudic;  e Wilson Andrade, diretor executivo da ABAF.