A sede do Sistema Faeb/Senar, no bairro do Comércio, se tornou um ponto de coleta do projeto “Circule um Livro” – uma iniciativa da Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (Abaf) com o intuito de incentivar a leitura entre pessoas de diferentes faixas etárias e classes sociais. As entidades ligadas ao agronegócio abraçaram a causa e mobilizaram seus colaboradores a doarem livros técnicos, romances, de poesias, contos e crônicas.

Em uma semana de fevereiro, período em que a caixa coletora esteve na sede do Sistema, foram trocados mais de 50 exemplares de diferentes gêneros. Ao deixarem um livro, os doadores podiam pegar outro do seu interesse, fazendo jus ao objetivo de circulação, através da troca. Quem não tinha exemplares para doar ou trocar também podia levar um exemplar com o compromisso de passá-lo adiante logo após a leitura.

“Quando ficamos sabendo do projeto, imediatamente nos interessamos em apoiá-lo. Sendo o Senar uma escola, é nosso dever fomentar a troca de informação e conhecimento. Além disso, queremos mostrar que o agronegócio e o setor florestal andam de mãos dadas, atuando de forma sustentável”, avaliou o presidente Humberto Miranda.

O Sistema Faeb/Senar foi a primeira instituição parceira da Abaf. Para incentivar os colaboradores a aderirem ao projeto, foi feita uma ampla campanha interna, com divulgação em Tv Corporativa, intranet, redes sociais e WhatsApp. A entidade continua a arrecadar livros, mesmo após a “Árvore do Saber”, como foi carinhosamente batizada a caixa coletora, seguir para outras entidades com a missão de fazer circular mais exemplares entre o maior número de pessoas.

A estrutura também passará por locais públicos, como praças e estações de transbordo e, ao final, será levada a instituições filantrópicas, a fim de despertar o hábito da leitura entre o público atendido.

SOBRE O PROJETO – O “Circule um Livro” é fruto de uma parceria entre a Abaf e a Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), consiste em incentivar a leitura e promover o acesso a livros em lugares públicos. Além de espalhar conhecimento, a iniciativa quer contribuir para a maior visibilidade das instituições/autores que trabalham com livro/leitura; e também incentivar a economia circular, para que um livro que já foi lido possa levar momentos especiais para outras pessoas e, com isso, aproveitar para conscientizar sobre a sustentabilidade do livro físico.

A presidente da Abaf, Mariana Lisbôa, destacou que as florestas plantadas fazem parte do dia a dia das pessoas, fornecendo uma matéria-prima sustentável que dá origem a inúmeros produtos igualmente sustentáveis, entre eles o papel. “Portanto, uma ação como o ‘Circule um Livro’, que estimula a economia circular e divulga mais informações sobre o trabalho do setor florestal, vem em boa hora, para que mais pessoas falem sobre sustentabilidade e conheçam esse segmento que é tão importante para a sociedade”, disse.

“Em todos os nossos trabalhos, sempre fazemos questão de lembrar que os plantios florestais são feitos em áreas antropizadas, com zero desmatamento. Ao contrário, para cada hectare de produção, o setor preserva 0,7 hectare, contingente bem superior ao exigido pelo Código Florestal brasileiro. Nossa meta, porém, é, para cada hectare plantado, nossas associadas manterem mais um hectare conservado. Esse é um número bastante expressivo para reforçar a mensagem de que somos um setor preocupado com o meio ambiente, com as pessoas e com o futuro. E, mais do que isso, somos parte da solução para um mundo mais sustentável”, declara. 

Wilson Andrade, diretor executivo da Abaf, ressalta a importância do papel no dia a dia das pessoas. “Papel é artigo de primeira necessidade: usamos o dia inteiro, de diversas formas, e um dos usos mais importantes é o da produção de livros. É ali que gravamos e compartilhamos conhecimento”, apontou.

Além do Sistema Faeb/Senar, Two Sides e Ibá, a ação já conta com o apoio de diversos autores e editoras independentes e de instituições como: Unijorge, Biblioteca Pública da Bahia, Associação Bahiana de Imprensa (ABI), Federação das Indústrias da Bahia (Fieb), Sinart (que administra a Rodoviária de Salvador, entre outros), Sindicato das Indústrias Gráficas da Bahia (SIGEB) e Associação Comercial da Bahia (ACB) – todos estão planejando, junto com a ABAF, edições locais do projeto.