O descolamento entre oferta de eucalipto e demanda no Brasil desenhou um cenário desafiador para as indústrias que usam sua madeira como matéria-prima, mas a Suzano conseguiu se antecipar a esse desafio , disse nesta sexta-feira (27/10) o diretor de operações florestais da companhia, Carlos Aníbal.

Conforme o executivo, enquanto a área plantada de eucalipto no país cresceu 10% entre 2018 e 2021, chegando a 7,5 milhões de hectares, o consumo de madeira saltou 26% para 174 milhões de metros cúbicos, com a restrição de oferta levando a preços mais altos de terras e do insumo.

“Temos nos antecipado a isso, com mais arrendamentos, a preços mais baixos, comprando mais terras e plantado mais”, disse Aníbal, durante o Suzano Day. “Nos preparamos para enfrentar essa situação desafiadora do lado da madeira, mas não apenas plantando. Buscamos mais produtividade”, acrescentou.

Na fábrica de Imperatriz (MA) , exemplificou, esse ganho de produtividade chega a 92% em sete anos até 2023.

Conforme o executivo, até 2024, quando entra em operação o Projeto Cerrado , nova fábrica de celulose da companhia em Ribas do Rio Pardo (MS) , a área plantada de eucalipto da Suzano chegará a 1,7 milhão de hectares. Em 2020, essa área estava em 1,37 milhão de hectares.

Durante apresentação, o presidente da Suzano, Walter Schalka, destacou que, no terceiro trimestre, a companhia executou um dos maiores investimentos de sua história, de R$ 4,4 bilhões. “É indiscutível que fizemos muito em alocação de capital nos últimos anos. Mas ainda não é suficiente para justificar o futuro, temos de operara melhor”, comentou.

Uma das avenidas de crescimento da companhia é a Suzano Ventures, que nos últimos 12 meses acessou mais de 351 startups em todo o mundo. No momento, a companhia caminha para seu terceiro investimento, em uma startup de embalagens de fibra sustentável.