Suzano, referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto, anuncia a captação de US$ 1,57 bilhão em um financiamento cujas condições acordadas com os bancos estão vinculadas ao cumprimento de metas ambientais. A companhia se compromete a reduzir a intensidade de emissões de gases de efeito estufa e a captação industrial de água em 9,7% e 2,1%, respectivamente, até 2025. Ambos os objetivos estão alinhados com o roadmap de metas de longo prazo da Suzano para o período até 2030. 

A taxa do financiamento é equivalente à Libor + 1,15% ao ano. O prazo médio será de 60 meses, com vencimento em março de 2027. No caso de a companhia atingir as metas acordadas, haverá uma redução de até 0,02% ao ano no custo contratado. Os recursos captados serão utilizados para a liquidação antecipada do principal de US$ 1,67 bilhão do contrato de pré-pagamento de exportação formalizado como parte da estrutura de funding para o pagamento da operação de fusão com a Fibria, concluída em janeiro de 2019. 

Com a operação anunciada nesta semana, conhecida como sustainability-linked loan, a Suzano torna-se uma das primeiras empresas do Brasil a concluir uma operação de financiamento bancário com taxas atreladas a indicadores ambientais. 

“A Suzano foi a primeira empresa das Américas e a segunda do mundo a realizar uma emissão de títulos internacionais que criam uma conexão direta entre a taxa paga pela empresa e a contribuição socioambiental que ela entregará à sociedade. Aquela operação, de sustainability-linked bonds, ocorreu em setembro e foi seguida por muitas outras empresas. Esperamos agora que essa nova operação, de financiamento bancário, tenha o mesmo êxito e ajude a fomentar novas alternativas de captação de recursos tendo indicadores ambientais como contrapartida”, afirma o Diretor Executivo de Finanças e Relações com Investidores da Suzano, Marcelo Bacci. 

Com o objetivo de melhorar o cronograma de amortização de sua dívida, a um custo competitivo, a companhia também anuncia que liquidou antecipadamente nesta semana uma dívida de R$ 1,454 bilhão que detinha com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O financiamento tinha um prazo médio atual de 33 meses e um custo médio, em dólares, de 3,48% ao ano.